Tem gente que me chama de louca, de super mãe etc.
Não vou mentir e dizer que tudo é mil maravilhas, mas também não é o bicho de sete cabeças que tanta gente tentou me convencer que era. Mas uma coisa é certa…sou sortuda. Apesar de não ter uma faxineira e babá, tenho condições de deixar o Henrique na creche, por um período de seis horas além, de ter uma família que se prontifica a ficar sempre com os meninos. É só pedir…
Como eu já disse em outros posts, o Joaquim é um anjinho. Geralmente ele faz os mesmos horários, e não temos nenhuma alteração significante na rotina. O problema é que geralmente os horários do Henrique não coincidem com os do Joaquim, e então temos uma verdadeira carnificina de tímpanos, com um deles gritando. Mas isso é raro!!
Henrique, bem antes do Joaquim nascer, acordava por volta das 9:00 – 10:00. Agora ele acorda pontualmente às 7:00 e dorme, somente, às 21:00. Joaquim cochila o dia inteiro, mas sempre está acordado à meia noite para mamar, só depois que pega no sono. Podendo acordar uma ou duas vezes na madrugada ou até mesmo, dormir direto até às 8:00. Uma benção!! Risos Lembrando que muitos pediatras dizem para acordar o bebê de três em três horas para dar de mamar, eu na verdade nunca fiz isso com o Henrique e nem vou fazer com o Joaquim. Eu acredito que se a criança está dormindo é porque não está com fome, caso contrário, estaria gritando e chorando.
Mas vamos à nossa rotina…
Henrique é o primeiro a acordar aqui em casa. Só nas segundas e quartas que eu sou a primeira a levantar, nesta casa, porque vou para o Pilates por volta das 6:30. Fora isso, quando Henrique acorda o meu marido levanta e faz a mamadeira dele. Liga a televisão do seu quarto, colocando algum dvd na tentativa de distrai-lo por mais alguns minutos, mas isto está virando uma raridade. Henrique acordado é sinal de que todos devem levantar, o mais rápido possível, antes que aconteça algum desastre na casa. (EXAGERO!)
Neste meio tempo, já acordei e estou amamentando o Joaquim. Em seguida, troco a fralda do Henrique. Tiro Joaquim da nossa cama e o coloco no berço dele. Arrumo minha cama. Corro atrás do Henrique, que certamente, está subindo na poltrona de amamentação e prestes a entrar no berço, onde o irmão está. O tiro de lá mais de 50 vezes. Troco a fralda do Joaquim.
Henrique, como de costume, pega os seus brinquedos e espalha por todos os quartos. Para entretê-lo encho a banheira e o deixo ali de molho, até ficar todo enrugado. kkkkkk
Enquanto isso, recolho as roupas que devem ser guardadas, lavadas etc. Ajeito o quarto dos meninos. Para tirar o Henrique do banho é uma luta. Ele começa a gritar e chorar, o que anima o irmão a fazer o mesmo.
Joaquim começa a ficar entediado de ficar deitado. Coloco a fralda e a bermuda de uniforme no Henrique. Troco a fralda do Joaquim, novamente. Desço as escadas com o Henrique e o deixo lá embaixo gritando por mim, enquanto busco o Joaquim e a mochila do Henrique.
Coloco o Joaquim na cadeira que vibra enquanto, o Henrique espalha os brinquedos pela sala, arranca as roupas que estão secando no varal e as joga na grama; come as plantas; liga a torneira lá fora e muitas vezes, se molha todo tendo eu, que trocá-lo novamente. Tirando as mil vezes que tenho que pedir para ele deixar o irmão em paz.
Preparo o almoço. Estou tentando preparar tudo na noite anterior, mas muitas vezes esqueço ou estou tão cansada que deixo para lá. O que me resta, no outro dia, é me perguntar o motivo, pelo qual não deixei o almoço pronto.
Dilema que me persegue!!! rsrs
Sem contar nas vezes, que eu fico “horas” em frente ao fogão preparando um almoço super bonito, nutritivo e saudável e ele não come uma colherada. Ô RAIVAAAAA! Mas também tem dias que eu, na minha preguiça maior, resolvo fazer uma mega omelete e ele come tudo. Maravilha!! Aí o que faço é enfiar tudo na omelete: agrião, cenoura, beterraba, tomate etc…kkkk
Depois que dou o almoço para ele, é hora de amamentar o Joaquim. Hora difícil, meu Deus. Muitas vezes, com Joaquim grudado no meu peito, vou correndo atrás do Henrique para ver o que ele está fazendo. Coitado do caçula, muitas vezes mama menos do que quer, o que me resta é recompensar depois.
Termino de colocar as coisas na mochila do Henrique; escovo os seus dentes; coloco a camisa do uniforme ( coloco por último para que não suje durante o almoço); troco mais uma vez a fralda dele. Desço as escadas…
mais uma vez o deixo gritando, lá embaixo…porque subo com o Joaquim para trocar a sua fralda. Desço as escadas…
Se falta muito tempo para sair de casa…coloco umas roupas para lavar, tiro outras do varal, lavo louça. Se Joaquim reclamar muito, o coloco dentro do sling e faço tudo isso com ele pendurado em mim.
GENTE…CHEGA onze horas da noite, mas não chega 11:30, que é o horário que costumo sair de casa para leva-lo na creche. Coloco a mochila na carro; coloco o Joaquim no bebê conforto; coloco Henrique na cadeirinha e lá vamos nós…
Paro em frente à creche…penduro a mochila nas minhas costas, pego Henrique e o deixo lá.Pego Joaquim e vou almoçar ali perto. Volto para casa! Amamento Joaquim, tento coloca-lo para dormir. Vou tomar banho, atualizar o blog, ler meus e-mails, ver um pouco de televisão, ler um livro e terminar de arrumar a casa.
Quando Joaquim acorda: faço massagem nele, dou banho, amamento. Quando vejo, já está na hora de buscar Henrique na creche.
Coloco Joaquim no bebê conforto e lá vamos nós…busco Henrique, volto para casa. Quando meu marido chega as coisas vão ficando mais fáceis: ele cuida de um, enquanto cuido do outro. Brincamos com os filhotes, vou arrumar a mochila para o outro dia, preparo o quarto para o Henrique dormir, faço mamadeira, o coloco para dormir.
Em seguida, vou amamentar o Joaquim e por fim, chegou a hora de curtir um pouco o marido: jantar, ver televisão e toma, por fim, um banho bem demorado. Vamos dormir por voltar de uma hora da manhã!
Uffa!! cansou de ler?? imagina como eu fico, então??!!
A questão mais difícil, e de partir o coração, é deixar um filho de lado, para atender o outro. Isso geralmente ocorre pela manhã, quando Joaquim está mamando. Ainda bem, que me preparei para isso quando ainda estava grávida do Joaquim. Sabia que teria que fazer isso então, ficou mais fácil.Tudo é questão de adaptação. Esta é a palavra de ordem, inclusive na questão do sono. Já me adaptei a ficar sem dormir, e raramente estou caindo pela casa de sono. Na verdade, nem sei mais como é se sentir assim. São raras as vezes, que falo para o meu marido que preciso dormir senão vou pirar. Muitas vezes, penso o seguinte: depois que deixar o Henrique na creche, vou dormir junto com o Joaquim, mas quem disse que eu consigo?? se eu dormir…vou deixar de fazer mil coisas.
Porém, tudo nessa vida é passageiro, e esta é uma fase que vou lembrar com carinho, e dar muita risada quando eles estiverem grandes (espero que eles me considerem uma super mãe das galáxias, porque não é mole não).
Pensar em ter outro filho? Preciso cair da escada e sofrer uma amnésia daquelas para pensar em reprodução novamente, mas vai que rola…